Lembras-te de quando me tocavas com os lábios molhados e quentes o ouvido e me sussurravas amor eterno? Lembras-te quando, pelas manhãs, me atiravas um beijo desde a porta do quarto e me dizias até logo, piscando-me o olho e prometendo-me o delírio? Lembras-te quando me dizias que eu era a única, aquela, a tal, a insubstituível? Lembras-te?
Lembras-te do dia em que deixaste de me atirar o beijo matutino? Lembras-te da última vez da tua pele ansiando pela minha? Lembras-te de te esqueceres de mim?
Lembras-te do dia em que deixaste de me atirar o beijo matutino? Lembras-te da última vez da tua pele ansiando pela minha? Lembras-te de te esqueceres de mim?
Lembro-me do dia em que chegaste mais cedo e eu, crente, pensei que vinhas por mim. Enrolaste apressadamente a vida de nós numa mala pequena e foste-te, não me deixando mais do que a tua intacta lembrança.
4 comentários:
Tu consegues baralhar-me e isso não se faz a uma sexagenária "avançada".
Este texto é um "exercício"?
obvio
Tu dás cabo da vida à Senhora. Ela gosta de ti, todos já percebemos e tenho um dedo torto que me diz que já to disse "em directo", depois vens aqui com as tuas histórias e confunde-la.
Esse seco "obvio" é como um soco no queixo da Senhora. Isso não se faz!
:-)
Não sejas mau, Carapau. O óbvio foi escrito à pressa e só para descansar a Sra. D. Teresinha.
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