quarta-feira, 31 de março de 2010

Rosas encarniçadas

Ao ler a pincelada 348 da minha amiga Redzinha, ocorreu-me como veria o vizinho da Idália o episódio das rosas.

Ele (pensando)
Não há quem entenda as mulheres, raios as partam. Armada em importante. Quem será o gajo das rosas encarniçadas?

Ela (acerca das rosas cogitando)
Ele ama-me. Só pode. Tanta rosa vermelha. Vermelho é paixão. Mas porquê agora, passado tanto tempo?

Ele (descendo as escadas e cruzando-se com ela no patamar)
- Bom dia, Idália. Estás com um ar fresco.

Ela (desejando não se ter cruzado com ele)
- Bom dia, Alberto. Fresco? Só se for do frio, que não acaba.

Ele (esmiuçando)
- Tens uma florista por tua conta? É um ver se te avias de encomendas a chegar aqui.

Ela (da questão fugindo)
- É, gosto da casa enfeitada. Até logo, Alberto.

Ele (tentando)
- Um dia destes ainda te ofereço um ramo de rosas.

Ela (já subindo)
- Oferece-me agora nos anos.

Ele (descendo)
- Mas agora não fazes anos.

Ela (desconversando)
Então não faço, faço 30 que te aturo.

Ele (amuado, pensando)
Se não fosses tão boa… enfiava-te era as malditas encarniçadas num certo sítio.

Isso é que era!


Num país fervoroso fazedor de leis como o nosso, parece impossível que ainda não se tenha legislado algo impedindo os filhos de saírem do ninho antes dos 45 anos, no mínimo.

domingo, 28 de março de 2010

Histórias do arco da velha


Há coisas que é preciso esclarecer, outras é conveniente que fiquem guardadas.

Este blogue, independentemente da qualidade, tem apenas como função o simples exercício literário. O que aqui deixo não é mentira. É uma realidade deturpada. São coisas diferentes, mas não antagónicas. Se a muitos parece real, tanto melhor, é sinal de que o que escrevo é verosímil, um dos pressupostos da escrita. Isto não sou eu, sou eu escrevendo, já o disse anteriormente e repito.

Este blogue podia ser Sherazade a encantar o rei Shahryar. Podia ser Paulo e Virgínia a morrerem de amores. Podia ser o Manuel e a Maria que vivem a vida infelizes. Podia ser fogo e paixão, ódio e medo. Podia ser mil coisas se a mentora estivesse para aí virada. Por lhe faltar o traquejo e o harpejo, este blogue é apenas o que é, histórias.

A febre do Farmville à noite (e de dia também)

"O problema aconteceu na cidade de Plovdiv, na Bulgária, quando diversos conselheiros do conselho foram apanhados não a rever contas e analisar os problemas do município mas sim a plantar batatas e a enviar vacas cor-de-rosa como gift para os seus parceiros de Quinta FarmVille." daqui

Não me venham cá dizer que o Farmville não é jogo para pessoas cultas e bem posicionadas na vida. Eu vi logo, mal topei com o joguinho, que era coisa para mim, pessoa doutíssima. Agora, com tão ilustres vizinhos, é que não arredo pé do Cara de Livro, (como diz a minha amiga Redzinha) não vão eles, em vez de uma vaquinha cor de rosa, enviar-me um lugarzinho no parlamento. Sempre tinha mais tempo para jogar!

"As palavras são como punhais"

Eu:

as palavras escorrem-me da boca como uma torrente invernal.

Tu:

apanha-las, limpa-las e seca-las. Guarda-las na gaveta vermelha.

Eu:

arrependo-me delas e não quero que as guardes.

Tu:

abres a gaveta e pões-lhes um pacote de pó desumidificador, para que se conservem melhor. Um dia precisarás delas e quando delas já não me lembrar, tiras o pó de uma após outra e ofereces-mas de volta.

sábado, 27 de março de 2010

Degraus submarinos

Há dias em que penso que mais valia dormir todo o dia e acordar apenas no dia seguinte.
Nesse calendário, alinham-se os astros com o simples propósito de me lixar o juízo. Hoje, apetece-me bater as portas com uma força brutal e ir passar o resto do dia ao inferno. Não seria pior e talvez gozasse férias.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O desacordo do acordo

Tirando o facto de não me terem pedido o meu acordo, eu nem estou em desacordo com o acordo ortográfico.

A minha língua tornou-se oficial por decreto do falecidíssimo D. Dinis das Naus a Haver. D. José também lá foi meter o bedelho para a tornar mais distinta do castelhano (abençoado seja, que me deu emprego). Em 1911, por a acharem retrógrada, também lá decretaram umas tantas coisitas. Durante o Estado Novo decretaram-se mais umas mudanças, por isso que mal faz mais uma e não certamente a última?

Além disso, quantas menos letras tivermos que escrever, menos erros damos, não é? Grande parte dos acentos ortográficos são já espécie em vias de extinção, por isso venha lá o acordo que me poupa trabalho na correção dos testes.

Parece-me, também, uma parvoíce dizer-se que este acordo é apenas uma cedência ao Brasil. Embora existam cedências, e qual é o acordo onde não as existem, basta olhar para o que muda para se ver que o que está em jogo é uma adequação do escrever ao falar português. Pela razão de pronunciarmos o c de facto é que vamos continuar a escrever facto. Pelo facto de não pronunciarmos o p de acepção é que o vamos deixar de escrever. Se se tratasse apenas de cedências ao Brasil, facto passaria a ser fato e aceção escrever-se-ia acepção, porque esse p, no Brasil é pronunciado. Trata-se de escrever, assim como pronunciamos, as nossas palavras.

Uma das coisas que mais me irritam neste processo é que me digam que vai ser muito difícil, que se vai dar muitos erros, que as pessoas não se vão habituar. Hoje, por exemplo, não se convive bem com o euro? Convive-se, mas antes dizia-se que ia ser uma grande confusão. Só não se muda o que não se quer mudar e ponto final.

Repare-se que este texto foi escrito de acordo com o acordo ortográfico e, por fora, não se nota grande coisa! Digo por fora porque o meu computador não achou o texto correto e queixou-se muito dizendo que se lhe complicava o sistema, que se lhe desarranjava o hábito das cores fixas para determinadas incorreções. Mas que sabe ele? Vai ao médico e pronto, que aqui mando eu!
O que interessa agora é deixarmo-nos de lamúrias e começarmos, neste tempo de habituação que nos deram, a utilizar o dito acordo. Ao escrever este texto tive dúvidas nas formas do verbo haver, nomeadamente houve e há, que optei por substituir por conjugações do verbo existir. Provavelmente, dúvidas como estas acontecerão amiúde, mas nada como o treino e a leitura do próprio para as resolver. Mãos à obra porque o que está decidido, decidido está!

segunda-feira, 22 de março de 2010

A cor do horto gráfico

Última actualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:

Abismado: sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: colocar preço em alguma coisa
Biscoito: fazer sexo duas vezes
Coitado: pessoa vítima de coito
Padrão: padre muito alto
Estouro: vaca que sofreu operações de mudança de sexo
Democracia: sistema de governação do inferno
Barracão: proíbe a entrada de caninos
Homossexual: sabão em pó para lavar as partes íntimas
Detergente: acto de prender seres humanos
Eficiência: estudo das propriedades da letra F
Halogéneo: forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: mendigo que mudou de classe social
Luz solar: sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: mania por Eric Clapton
Tripulante: especialista em salto triplo
Aspirado: carta de baralho completamente maluca
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: o mesmo que colocar no desenho
Coordenada: que não tem cor
Testículo: texto pequeno

(via mail)

Step by step (post vivo)

Há aqueles que fazem a vida subindo alegremente degrau a degrau.
Também há os que a sobem devagarinho, penosamente, mas que, a custo, vão subindo.
Contrariamente a estes, há outros que apenas descem. E outros, ainda, que sobem todos os degraus às costas dos outros. Há também os que a sobem de elevador. Estes, os últimos dois, são espécimes em reprodução desenfreada.
Há ainda aqueles que passam a vida tropeçando, caindo, levantando-se, voltando a cair, levantando-se, tropeçando e que não passam nunca do mesmo degrau. A esses, raça que não passa da cepa torta, pertenço eu e, ao menos, não envelheço!
Há outros, porém, que quanto mais sobem, mais descem, mais caem, mais se levantam, mais fodidos ficam. Há ainda outra raça, os indecisos, que caem, levantam-se, são empurrados, mas não sabem bem o que lhes acontece. Será porque o que ocorre amiúde, passa a ser rotina, ou porque, de tanta mazela, já não se sentem?



Nota: este post vai sendo acrescentado consoante os comentários vão chegando.

sábado, 20 de março de 2010

De degrau em degrau



Quando o tempo que me resta é insuficiente para fazer o que desejo, desço um degrau.
Quando tu não estás e tenho saudades, desço mais um degrau.
Quando o prometido não chega e o aborrecimento não vai, dou um pontapé num degrau.
Neste preciso momento, desço o milésimo terceiro degrau ABAIXO DE ZERO (a pé).

sexta-feira, 19 de março de 2010

Kit de emergência transmontano


segunda-feira, 15 de março de 2010

Apenas um baldinho

Há algum tempo escrevi isto acerca da mais velha profissão do mundo. Não tenho nada contra, nem a favor. Cada um sabe de si e já está.

No seguimento desta argumentação, também não deveria ter nada contra o que vi hoje, mas não consigo deixar de ter, embora não tenha nada com isso.

Todos os dias passo duas vezes por um local onde estas senhoras abundam. Todas as vezes que passo, olho para elas, movida por uma curiosidade que eu própria não percebo. Quase sempre as vejo desocupadas, apenas dedicando o tempo a umas chamadas telefónicas ou dizendo adeus a um ou outro camionista.

Hoje, ao passar, reparo que uma delas parece acertar os pormenores com um cliente e o cliente é um dos meus vizinhos.

Nunca perceberei o que leva um homem, com uma mulher gira, nova, sem problemas de saúde que se conheçam, a socorrer-se deste tipo de esquemas. Percebo que não procure nada mais do que sexo, mas não entendo como pode não ter problemas em adentrar-se numa situação onde a mulher não tem meios para proceder a quaisquer medidas de higiene (imagino que nos pinhais não haja sanitários públicos) e onde o homem não se importa minimamente com isso.

Tudo isto fez-me lembrar África. Nos mercados vende-se cerveja e existe apenas um copo e um balde de água. Cada cliente bebe do mesmo copo que depois é “meticulosamente” passado pela água do balde que só é mudada ao fim do dia.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Posições sexuais e seus pecados

Retirada do livro: "Castigo Divino" da Igreja Universal do Reino de Deus - (Edir Macedo)


Vejam os comentários sobre o pecado das seguintes posições sexuais:

Posição de quatro:
É uma das posições mais humilhantes para a mulher, pois ela fica prostrada como um animal enquanto seu parceiro ajoelhado a penetra. Animais são seres que não possuem espírito, então o homem que faz o cachorrinho com sua parceira fica com sua alma amaldiçoada e fétida.

Sexo Oral:
O prazer de levar um órgão sexual à boca é condenado pelas leis divinas. A boca foi feita para falar e ingerir alimentos e a língua para apreciar os sabores. A mulher, engolindo o sêmen, não vai ter filhos. E o homem somente sentirá dores musculares na língua ao sugar a vagina de sua parceira.

Sexo Anal:
O ânus é sujo, fétido e possui em suas paredes milhões de bactérias. É o esgoto propriamente dito. No esgoto só existem ratos, baratas e mendigos.. A pessoa que sodomiza ou é sodomizada se iguala a um rato pestilento.. .
Seu espírito permanece imundo e amaldiçoado.
Mas o pior é quando o ato é homossexual, pois o passaporte dessa infeliz criatura já está carimbado nos confins do inferno...

Vejam a maneira certa de se relacionar sexualmente, segundo a cartilha:

Posição recomendada:
O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água corrente misturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso.

Após isso, a mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração. O homem, após penetrar a mulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, pois a fêmea deve estar: Orando ao Senhor para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide. ..

Depois do ato sexual:

Os dois devem orar, pedindo perdão pelo prazer proibido do orgasmo.

Como penitência:
O açoite com vara de bambu é aceite como forma de purificação.


Comentário próprio: diz o Senhor Bispo que depois do acto em si, os dois devem orar, pedindo perdão pelo prazer que tiveram.Pergunto eu: qual prazer, qual orgasmo?

Se para o homem, coitado, depois de tanta privação, contenção e preocupação pela frustração que a companheira deve estar a sentir, ainda conseguiu um orgasmo, então não merece ser penitenciado pelo prazer porque, por certo, sofre de ejaculação precoce.

A mulher só terá de se penitenciar devido a alguma coceira que teve, porque orgasmo, Sr. abençoado bispo, só em sonhos (purificados, é claro!).

Ele há cada uma, que venha o diabo e escolha!


Nota: texto, excepto o meu comentário, recebido via email. Como tal nem sei se tal livro existe e pouco me interessa. Deixo aqui o texto apenas como curiosidade e porque me fez lembrar a Idade Média onde um casal copulava resguardado por um lençol que tinha um pequeno orifício que servia para introduzir o membro reproductor, evitando-se, assim, o toque do resto dos corpos, bem como a visão da nudez alheia.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quase, quase...

Ontem estive quase, quase lá. Tão próximo do estar como um sujeito ou um advérbio e, não obstante, tão longe como um gerúndio cansado.

Seriam umas onze quando me interpelam e me avisam que o director me esperava no gabinete. Solicita, disse que ia apenas acabar o incipiente café e que já lá iria.
Depois de devidamente anunciada, não fosse a hierarquia amuar, entrei nos seus domínios.
- Bom dia. Querias falar comigo…
- Olá. Olha, telefonaram-me a perguntar se podias ir ao tribunal…
- Ao tribunal?
- Sim, parece que precisam dos teus serviços…
- Para quê?
- É pá, têm lá uns gandulos estrangeiros que não pescam nada de português e só falam espanhol. Precisam de alguém para ir lá fazer a tradução…
- Fazer a tradução…uhum… de quê?
- Do interrogatório. Precisam de interrogar os gajos. Estás disposta?
- Estou. Parece-me interessante a ideia. Mas olha, entro às 14h20…
- Sim, mas é Orientação Educativa, posso dispensar-te disso.
- Mas às 15h20 tenho de dar um teste numa turma e tenho de estar despachada antes disso.
- Ok. Vou ligar para lá e depois digo-te.

Saí, rindo-me, silenciosa mas compulsivamente. Achei a experiência, que se adivinhava, um primor.
E aguardei. E aguardei. E continuei aguardando.
Aguardei até mais não poder e entrei na aula para dar o tão menos interessante teste.

Hoje, ao dar de caras com o director, perguntei:
-Então? Depois não disseste nada…
- Pois não, desculpa. Telefonaram-me para me dizer que tinham resolvido a situação e eu quis falar contigo para te descansar, mas meteram-se outros afazeres e esqueci-me.

Como se eu tivesse alguma coisa “cansada”. Lá se foi a minha experiência interessante, pensei.

domingo, 7 de março de 2010

A raça do alentejano



Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho....
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.

Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.

O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano.
Por isso, há tão poucos.

É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.

Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que
«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso...




Nota: recebido via email. Enviado por um quase minhoto casado com uma alentejana, que por acaso, sou eu.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Lustre


De momento tenho o ressonador em Angola na zona dos diamantes, mas nem por isso tenho mais luz aqui em casa ou anéis nos dedos...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Violência doméstica


À hora exacta das couves e das batatas molhadas, chega a casa. Pendura as chaves no chaveiro, o casaco no cabide, passa brevemente pela casa de banho e dirige-se à cozinha.

Sem um carinho, atira: - Fernanda, o comer está pronto?
Fernanda responde entre dentes que sim e chama os filhos para a mesa.
A garrafa do vinho? - pergunta a maus modos.

Mastiga-se o silêncio, as batatas e o medo.

A garrafa do vinho, já disse! – remata, peremptoriamente.
Ó homem, deixa lá isso. Olha o que disse o doutor.
Quero lá saber do doutor ou meio doutor. Dá-me o vinho!
Fernanda levanta-se e traz-lhe o vinho sabendo, inequivocamente, o que se avizinha.

Ai homem que és a nossa desgraça, lamenta-se angustiada, olhando os filhos de soslaio.



Nota: A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, na maioria das vezes de forma silenciosa e dissimulada. Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer a nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns.