À hora marcada, despe as palavras ao som da vida.
Dependendo da música, umas vezes dança com elas, dá-lhes voltas, sopra-as e deixa-as cair suavemente como se de vidro fossem.
Outras vezes, morde-as, rasga-as e cospe-as com violência.
Os olhares perdem-se nela e ela vai, lentamente, continuando a despir a alma. Contra todas as expectativas e sem qualquer aviso, segura - com os dedos longos de unhas vermelhas - a última palavra e jamais a solta.
Deixa-lhes sempre água na boca.
Dependendo da música, umas vezes dança com elas, dá-lhes voltas, sopra-as e deixa-as cair suavemente como se de vidro fossem.
Outras vezes, morde-as, rasga-as e cospe-as com violência.
Os olhares perdem-se nela e ela vai, lentamente, continuando a despir a alma. Contra todas as expectativas e sem qualquer aviso, segura - com os dedos longos de unhas vermelhas - a última palavra e jamais a solta.
Deixa-lhes sempre água na boca.
3 comentários:
This all sounds eerily familiar...;)
A sério!! Foi retirado daquela tal caixinha. É o que faz não ter tempo e querer ser produtiva.
Um pequeno poema, que não dá pano para comentar. Quem diz pano, diz falta de palheta do comentador.
Todos, uma vez ou outra, por isto ou por aquilo, tentamos muitas vezes agarrar a última palavra.
Bons posts!
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