Lembras-te daquelas tardes que passávamos frente àquele, esvaziado de gente, mar de Novembro?
Lembras-te de estenderes a toalha na areia húmida e, abraçados, nos comovermos com o azul impossível do céu?
Lembras-te do murmurar das ondas e do vento fresco no rosto?
Lembras-te da dança dos nossos próprios passos desenhada na areia?
Lembras-te? Ainda te lembras?
Eu lembro-me. Assim como me lembro ainda do teu cheiro, do livro que líamos juntos e da gaivota sobre ele.
Meia-noite de amor, versão noviça
Há 14 anos
7 comentários:
se esteve uma temperatura como a de hoje... de certeza que nunca mais se vai esquecer!
Cara Calendas;
...porque há coisas, que são por si só impossíveis de esquecer.
Há memórias boas (ou menos boas), que nem o tempo consegue apagar.
Beijinho*
Invisível: as más esquecem-se mais depressa que as boas, estas perduram. Já diz o ditado " Não há mal que sempre dure", lol.
Pois não, Vicio, lol. Com o dia que hoje está só se lembraria de uma chuvada no caracol.
Nã taveras dalembrar tu doutro dia...
Até eu malembro e nã foi nada comigo.
Sei que tava chateado lá na caverna e arresolvi assubir até à tona d'áuga para ver a paisage. Era Novembro já nã há caisque ninguém nos areais e bim ber.
E o que bi deixou-me de boca aberta: um parzinho tão agarrado, mas mesmo tão tão... que nem bia a gaibota a borrar-lhe o libro mesmo ali ao lado.
Ih! Jasus...
Ai home tá aqui tam colado na alembradura eçe dia!
ehehehehehehehehehe!
Isso faz-me lembrar tempos em que era um peixinho jovem e fresco. Vinha á tona da água, à noite, que ninguém nos via...
Que tempos!
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