Nascera sem nome e sem nome ficara por muito tempo.
A mãe, assim que a vira, deixou cair por terra o nome há muito escolhido por não lhe parecer adequado a tamanha perfeição. Entre noites e dias, e dias e noites, remoeu o assunto mas nenhum verdadeiramente apropriado encontrou.
O marido, já cansado de chamar a miúda por menina, atirava:
A mãe, assim que a vira, deixou cair por terra o nome há muito escolhido por não lhe parecer adequado a tamanha perfeição. Entre noites e dias, e dias e noites, remoeu o assunto mas nenhum verdadeiramente apropriado encontrou.
O marido, já cansado de chamar a miúda por menina, atirava:
- Ó mulher e se fosse Rosa ou Florbela?
- Não, dizia ela, quero um nome de mulher. Temos uma filha e não um jardim, acrescentava.
Consultaram vizinhos, familiares e amigos próximos e nenhuma das hipóteses surgidas conseguiu satisfazê-la. Na sua busca, ouviu falar de um homem que havia corrido mundo. Talvez ele conhecesse o adequado nome, pensou. Pôs pés à obra e procurou-o.
- Maria do Mar, disse ele. Do que vi do mundo, o mais bonito foi o mar.
- Não, dizia ela, quero um nome de mulher. Temos uma filha e não um jardim, acrescentava.
Consultaram vizinhos, familiares e amigos próximos e nenhuma das hipóteses surgidas conseguiu satisfazê-la. Na sua busca, ouviu falar de um homem que havia corrido mundo. Talvez ele conhecesse o adequado nome, pensou. Pôs pés à obra e procurou-o.
- Maria do Mar, disse ele. Do que vi do mundo, o mais bonito foi o mar.
Mas o mar não conheço eu, pensou ela. E foi embora desiludida.
Um dia, sem quê nem porquê, percebeu que no lado mais belo dos seus olhos se reflectia a imagem da filha.
Desde então, chama-lhe LUZ.
Um dia, sem quê nem porquê, percebeu que no lado mais belo dos seus olhos se reflectia a imagem da filha.
Desde então, chama-lhe LUZ.