Há algum tempo escrevi isto acerca da mais velha profissão do mundo. Não tenho nada contra, nem a favor. Cada um sabe de si e já está.
No seguimento desta argumentação, também não deveria ter nada contra o que vi hoje, mas não consigo deixar de ter, embora não tenha nada com isso.
Todos os dias passo duas vezes por um local onde estas senhoras abundam. Todas as vezes que passo, olho para elas, movida por uma curiosidade que eu própria não percebo. Quase sempre as vejo desocupadas, apenas dedicando o tempo a umas chamadas telefónicas ou dizendo adeus a um ou outro camionista.
Hoje, ao passar, reparo que uma delas parece acertar os pormenores com um cliente e o cliente é um dos meus vizinhos.
Nunca perceberei o que leva um homem, com uma mulher gira, nova, sem problemas de saúde que se conheçam, a socorrer-se deste tipo de esquemas. Percebo que não procure nada mais do que sexo, mas não entendo como pode não ter problemas em adentrar-se numa situação onde a mulher não tem meios para proceder a quaisquer medidas de higiene (imagino que nos pinhais não haja sanitários públicos) e onde o homem não se importa minimamente com isso.
Tudo isto fez-me lembrar África. Nos mercados vende-se cerveja e existe apenas um copo e um balde de água. Cada cliente bebe do mesmo copo que depois é “meticulosamente” passado pela água do balde que só é mudada ao fim do dia.
13 comentários:
Em África, pelo menos, ainda há um baldinho...a fazer que lava alguma coisa... aqui neste caso, do vizinho, a tentação é muita... a pressa provavelmente também... e a higiene é relegada para segundo plano... será que os clientes não pensam nisso?????? Beijo
Com este post tiraste-me o pio... Tenho muita dificuldade em falar no assunto porque me divido, o coração diz-me uma coisa e a mente outra. Lidei com algumas que podiam sair desta vida se quisessem mas não queriam. Vi-as "jogar" com os filhos, todos terem muita pena delas e elas forçarem as filhas a prostituirem-se... Eram denunciadas à Protecção de Menores e era tudo muito mau...
Acabei a falar mais do que pensava.
Abracinho
Vou analisar o assunto, mas "do lado do pinhal".
Podes saber muito de copos de cerveja em África e lavagens de chafurdo (todos sabemos mais ou menos disso e não precisa de ser em África), mas não saberás o que o teu vizinho foi fazer com a senhora lá no escondido do pinhal.
E se ele chegou lá e contou uma história e começou a chorar? E se ele foi lá a uma consulta?
E se...? E se...?
Sabe-se lá o que vai na cabeça das pessoas em certos momentos!
Certo. Talvez o mais provável foi ter ido lavar o copo ao chafurdo, mas temos de deixar sempre uma margem para a dúvida...
(Curiosamente, ontem andei a pensar numa história verídica que mete uma Senhora destas, ainda que não lavasse os copos no balde. Um dia destes conto-a lá na calma da minha caverna).
Se bem leste, eu refiro que ele PARECE acertar os pormenores, deixei, portanto, a margem para a dúvida.
Estas dúvidas! Estas dúvidas! O pai de uma amiga minha dizia que no caso de um "flagrante" nunca se devia confessar mas antes dizer: "foi um erro de percepção!"
Tudo isto para te dizer Calendas, e deixar o Carapau a defender a sua posição de peixe macho, tiveste um erro de percepção...:):):)
Não, Teresa, o Carapau tem razão. Ele próprio tem algumas histórias com estas senhoras como protagonistas e nem por isso foi ver se os pinhais cresciam bem. Como tal, não se pode generalizar! Mas penso que frisei bem, não vi nada, apenas deduzi e as deduções podem falhar, embora não me pareça que tenha sido o caso que cito.
Ó Quiduxa, que raio é isto do erro da perceção?
(aprenda a escrever, olhe o novo acordo, querida!)
Aquilo do erro tem alguma coisa a ver com as senhoras ou sou eu que percebo mal as coisas? E o que anda um carapau a fazer pelo pinhal? Ele há com cada peixeirada.
Vou-me. Mas às vezes também me venho. Beijinho na bochecha, rica, só um, Quiduxa, só um.
Ora seja bem aparecida queridinha. Desculpe que lhe diga, mas a amiga está com um problemazito! Diz-me que vai lá e que às vezes se vem? Mas se só se vem às vezes, que fica a fazer lá no sítio para onde se vai?
Não vá lá tanta vez, queridinha. Isso do ir e não voltar, só lhe pode fazer mal.
Fique-se pelos meus conselhos, amor.
putas de estrada? não entendo como há homens que o fazem!
mais valia dedicarem-se ao artesanato...
Fartei-me de rir com a tua resposta à D'as Dores. Sobretudo agora no inverno ir (ao pinhal presumo :-)) e não voltar deve dar um mau dormir...
Quanto a eu "não sei quê não sei quantos" ter histórias com os pinhais, até é verdade, mas é mais do ponto de vista de silvicultor mesmo desencartado.
Para outras coisas um milheiral, por exemplo, tem muito mais encanto.(E recato).
Mas isso era no tempo em que ainda havia agricultura...
Olha que a folha do milheiral faz alergias e demais comichões!
O vizinho pode não ir às meninas do pinhal.
Sabe-se lá se não é o cobrador (chulo)?
Há uns anos atrás, no regresso da escola para casa, por volta das 17:30h, hora de Verão, verificava que parava um Mercedolas cinza metalizado, lá na serra do C. Achava estranho e pensava que só os empreiteiros de Mercedes, naquele tempo, é que iam ás p***
Num desses dias, vindo de boleia com um colega comentei o assunto.
Respondeu-me ele: "Este fulano não vem à menina. Este fulano vem receber o dinheiro da obra".
E acredite que clientes não faltavam.
Agora ninguém as vê...Há um Motel no caminho.
Bj
Talvez o senhor seja o empreiteiro das obras feitas, quem sabe?
Bem observado, Cantinho.
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