Ao ler a pincelada 348 da minha amiga Redzinha, ocorreu-me como veria o vizinho da Idália o episódio das rosas.
Ele (pensando)
Não há quem entenda as mulheres, raios as partam. Armada em importante. Quem será o gajo das rosas encarniçadas?
Ela (acerca das rosas cogitando)
Ele ama-me. Só pode. Tanta rosa vermelha. Vermelho é paixão. Mas porquê agora, passado tanto tempo?
Ele (descendo as escadas e cruzando-se com ela no patamar)
- Bom dia, Idália. Estás com um ar fresco.
Ela (desejando não se ter cruzado com ele)
- Bom dia, Alberto. Fresco? Só se for do frio, que não acaba.
Ele (esmiuçando)
- Tens uma florista por tua conta? É um ver se te avias de encomendas a chegar aqui.
Ela (da questão fugindo)
- É, gosto da casa enfeitada. Até logo, Alberto.
Ele (tentando)
- Um dia destes ainda te ofereço um ramo de rosas.
Ela (já subindo)
- Oferece-me agora nos anos.
Ele (descendo)
- Mas agora não fazes anos.
Ela (desconversando)
Então não faço, faço 30 que te aturo.
Ele (amuado, pensando)
Se não fosses tão boa… enfiava-te era as malditas encarniçadas num certo sítio.
Meia-noite de amor, versão noviça
Há 14 anos