À falta de tempo para pensar sobre a cor do alfabeto inteiro, decidi-me por um exercício de menor fôlego, averiguar a cor das vogais.
A – Vogal aberta, inspiradora, imensa. Faz-me lembrar liberdade, espaços abertos. Decidi-me pelo azul, não escuro mas claro, porque me lembra a imensidão do céu ou do mar. Já o A acentuado me puxa para outra cor. Não há vogal mais forte, assim que a vejo vestida de vermelho vivo, tipo papoila. Gosto dos AAA, muito mesmo e do nome Clara também, pela luz, pela força. Gosto.
E – Quanto a este, para mim é absurdamente amarelo. Completamente amarelo e nunca muda de cor. É quente e forte, tipo sol, mas de som mais suave que o A acentuado por isso veste-se de uma cor mais amena.
I – Vogal absurda de tão estridente. Não é forte, não é doce, não serve para rimas, mas faz-se notar. Apetece-me ligá-lo às amoras e dar-lhe a cor das ainda não totalmente maduras, meio ácidas. Reservo-lhe o grená.
O – Este é doce. Sempre presente ainda que sem dar nas vistas. Decididamente da cor quente do chocolate, pelo aconchego da letra. Parece um gato enrolado dormindo à lareira.
U – Preto, preto, preto. Vogal sem graça nenhuma. Só serve para onomatopeias tristes e a lembrar fantasmas e ventos UUUUUUUUUUUUUU.
A – Vogal aberta, inspiradora, imensa. Faz-me lembrar liberdade, espaços abertos. Decidi-me pelo azul, não escuro mas claro, porque me lembra a imensidão do céu ou do mar. Já o A acentuado me puxa para outra cor. Não há vogal mais forte, assim que a vejo vestida de vermelho vivo, tipo papoila. Gosto dos AAA, muito mesmo e do nome Clara também, pela luz, pela força. Gosto.
E – Quanto a este, para mim é absurdamente amarelo. Completamente amarelo e nunca muda de cor. É quente e forte, tipo sol, mas de som mais suave que o A acentuado por isso veste-se de uma cor mais amena.
I – Vogal absurda de tão estridente. Não é forte, não é doce, não serve para rimas, mas faz-se notar. Apetece-me ligá-lo às amoras e dar-lhe a cor das ainda não totalmente maduras, meio ácidas. Reservo-lhe o grená.
O – Este é doce. Sempre presente ainda que sem dar nas vistas. Decididamente da cor quente do chocolate, pelo aconchego da letra. Parece um gato enrolado dormindo à lareira.
U – Preto, preto, preto. Vogal sem graça nenhuma. Só serve para onomatopeias tristes e a lembrar fantasmas e ventos UUUUUUUUUUUUUU.
3 comentários:
Tem graça!
Tu, poéticamente, associas cores às vogais. Eu, mais pragamático, associo-lhes coisas.
A - é um simbolo de estabilidade. Não há vento ciclónico que o derrube, bem especado em duas pernas travadas para não abrirem.
É poste, é farol, é torre...mas também pode ser cabide numa emergência.
E - é um móvel. Compartimentado. Em baixo os sapatos, no meio umas roupinhas, em cima qualquer coisa a decorar.
I - elegância mas muita instabilidade. Uma brisa mais forte e aí vai ele. Aguenta-se bem entre duas outras letras. É um palito, um pau de virar tripas, uma palhinha para fazer cócegas atrás da orelha...
O - um vazio, um "tanto faz como fez", um "assim ou assado". Mas também, quando mais arredondado, pode ser equilibrio. Em suma, um anel, uma roda, o meu arco de miudo.
U - caixote de lixo, sem tampa. Pronto a receber tudo, inclusivamente todas as letras, palavras e sinais deste comentário.
Excelente Carapau, excelente mesmo. Adorei a associação.
E foi pelo blog do carapau que aqui cheguei.
blogspot. Fácil.
E mais um texto lindo e cheio de cor.
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